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Uma pesquisa recente da Associação de Defesa do Consumidor Proteste feita com 1274 pessoas revelou que duas em cada dez já foram vÃtimas de assalto ou de tentativa desse tipo de crime em sua residência.
De acordo com a polÃcia, a maior parte das ocorrências poderia ser evitada com algumas precauções simples. O levantamento apontou, por exemplo, que apenas 2% dos entrevistados mantêm hábitos como averiguar quem está batendo à porta antes de abri-la ou fechar as janelas ao sair de casa. Já nos condomÃnios, os assaltos geralmente ocorrem devido a falhas no controle de portarias e garagens. “Não existe sistema de segurança intransponÃvel, mas há condutas que ajudam a reforça-lo”, diz o capitão José Elias de Godoy, da PolÃcia Militar do Estado de São Paulo. A pedido da VEJA, ele e outros especialistas em segurança indicam como ocorrem os principais tipos de roubo e as medidas que podem ser empregadas para evita-los.
Casa
Como ocorrem os roubos: As abordagens são comuns durante a semana, no perÃodo da manhã (entre 6 e 8 horas), quando os funcionários chegam e os moradores saem.
O que dizem os especialistas:
 - Contrate um vigia
Apesar de não andarem armados nem terem curso de formação, os vigias de rua inibem a ação de criminosos e podem avisar a polÃcia sobre atitudes suspeitas. Na cidade de São Paulo, os moradores devem exigir que eles façam um cadastro no Departamento de Identificação e Registros Diversos da PolÃcia Civil, que vai verificar, entre outras coisas, se o candidato possui antecedentes criminais.
 - Aproxime-se dos vizinhos
Quando for viajar, o morador deve suspender a entrega de revistas e jornais e pedir a um vizinho de confiança que recolha sua correspondência. Nas áreas externas, os especialistas recomendam a colocação de lâmpadas que se acendem quando começa a escurecer e se apagam quando está claro.
 - Mantenha o padrão da rua
Construir uma fortaleza numa rua em que todas as outras casas são bem mais modestas pode ser literalmente uma roubada: é o tipo de discrepância que chama a atenção dos ladrões. Isso não significa que se deve deixar a moradia desprotegida. É aconselhável construir muros com cerca de 3 metros de altura no entorno da residência e instalar grades em sua entrada. “Elas são melhores do que os portões fechados porque permitem que policiais e pedestres notem a presença de um eventual invasor”, diz José Elias de Godoy.
CondomÃnios
Como ocorrem os roubos: no pontual, o mais comum deles, os ladrões aproveitam uma oportunidade – uma entrada ou saÃda, por exemplo – para invadir o prédio sem render a portaria. Já nos arrastões, a ação é planejada por quadrilhas que têm como alvo prédios de alto padrão.
O que dizem os especialistas:
 - Obedeça à s normas do condomÃnio
Tudo é feito para garantir a segurança do morador, mas muitas vezes ele próprio torna o condomÃnio vulnerável a roubos ao se recusar, por exemplo, a abrir os vidros do carro para entrar na garagem. “Isso é importante, pois ele pode estar rendido ou ter tido o veÃculo clonado ou roubado”, explica o delegado Mauro Fachini, do Departamento de Investigações sobre Crime Organizado. Outros erros comuns dos condôminos são pedir ao porteiro que abandone seu posto para carregar compras, manter os portões abertos enquanto se despede de visitantes e deixar a chave na portaria. “Tudo isso facilita a vida das quadrilhas”, alerta Fachini.
 - Preste atenção nos controles de acesso
Cerca de 90% dos assaltos a condomÃnios ocorrem pelas entradas de pedestres e de veÃculos. A melhor solução é ter dois portões independentes, de modo que um só se abra quando o outro já estiver fechado. O primeiro portão pode ser acionado por sistemas alfanuméricos ou de biometria. O segundo pelo próprio porteiro. “O confinamento impede a entrada de “caronas” ou de falsos entregadores que usam pacotes grandes para ter acesso ao prédio, alegando que não cabem no porta-volumes”, diz Fachini.
 - Invista em equipamentos de segurança
Os especialistas recomendam que os condôminos instalem ao menos um olho mágico nas portas que dão acesso aos halls. Já nas áreas externas e comuns dos condomÃnios, cercas elétricas e câmeras são bem-vindas. O ideal é que as imagens sejam compartilhadas com os prédios ao lado e gravadas remotamente. Para que tudo isso funcione, os funcionários devem, a cada seis meses, passar por treinamentos dados por órgãos como o Secovi, sindicato do ramo imobiliário que oferece cursos para zeladores e porteiros.
 - Teste a segurança do condomÃnio
É prudente que moradores e interessados em se mudar para um condomÃnio testem a segurança dele forçando, por exemplo, a entrada na garagem ou pedindo a um parente que se passe por morador. Ao sÃndico, devem-se solicitar as imagens para conferir se estão mesmo sendo gravadas. “Na maioria dos assaltos que investigamos havia câmeras, mas elas não estavam funcionando ou tinham uma imagem tão ruim que impossibilitava qualquer tipo de identificação”, lamenta Fachini.
Para os precavidos
Recursos menos sofisticados, e portanto mais baratas, também são capazes de tornar a casa mais segura.
 - Iluminação Inteligente
Indicados para áreas externas, lâmpadas ou soquetes com sensor ajudam a enganar o ladrão quando a casa está vazia. Isso porque as luzes ficam apagadas durante o dia e se acendem à noite, conforme o nÃvel de luminosidade do local.
Preço: de 30 a 60 reais.
 - Sensores Infravermelhos
Funcionam como uma espécie de cerca virtual. A proteção é feita por meio de feixes de infravermelho que, ao serem interrompidos – por exemplo, pela passagem de uma pessoa -, acionam uma sirene. “Eles são mais discretos e menos vulneráveis a alarmes falsos que as cercas eletrificadas”, diz Oswaldo Oggiam, diretor da Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança.
Preço: 400 reais, para um muro de até 20 metros lineares.
 - Portões Automáticos
Existem no mercado motores especÃficos para transformar portões manuais, sejam eles deslizantes, basculantes ou pivotantes, em automáticos. Os mais ligeirinhos realizam a abertura e o fechamento em cerca de dez segundos. “Eles devem ter sistema de amortecimento e uma embreagem eletrônica que interrompa o seu funcionamento caso surja um obstáculo, evitando assim acidentes”, alerta Fábio Leite, gerente de engenharia da empresa de soluções em segurança HDL.
Preço: a partir de 500 reais.
 - Videoporteiro
O interfone com câmera embutida mostra quem está tocando a campainha. O equipamento deve oferecer boa qualidade de imagem, sistema infravermelho para cenas noturnas e conexão de uma segunda câmera para que o morador tenha um melhor ângulo de visão. “A unidade externa deve ser instalada a 1,60 metros do chão”, orienta Renata Voges, analista de marketing da empresa de centrais telefônicas Intelbras.
Preço: de 700 a 800 reais. A instalação custa a partir de 300 reais.
 - Monitoramento 24 horas
Empresas de segurança oferecem a avaliação dos pontos vulneráveis de uma residência e a instalação, em locais vulneráveis de uma residência e a instalação. Em locais estratégicos, de aparatos que passam a ser monitorados por uma central.
Equipamentos: para residências, as empresas costumam sugerir a instalação de câmeras, cercas e sensores de presença e de abertura de portas e janelas.
Como funciona o serviço: sempre que um dos equipamentos emitir um sinal de alerta, a empresa tenta entrar em contato com os moradores e envia uma unidade móvel ao local. Em caso de emergência, autoridades como a polÃcia ou o corpo de bombeiros são acionadas.
Preço: o monitoramento de uma casa de 150 metros quadrados custa, em média, 200 reais por mês.
Fonte: Guia Veja
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