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Planos de saúde terão de trocar próteses mamárias com problemas - 16/01/2012
A ANS - Agência Nacional de Saúde Suplementar - anunciou nesta quinta-feira (12) as regras para cobertura dos planos de saúde em relação à troca de próteses de silicone mamário com problemas.
De acordo com a regra, só terão cobertura os pacientes cujas próteses foram colocadas para reconstruir a mama. Neste caso, as pacientes terão direito à recolocação de prótese; já as que realizaram o procedimento por estética não terão cobertura.
Além disso, a ANS esclarece que, no caso de próteses colocadas por estética, os planos de saúde deverão garantir o atendimento às mulheres com possíveis complicações por conta da prótese, porém, o plano será obrigada apenas a retirar a prótese defeituosa, sem recolocação.
Cobertura pública:
O SUS - Sistema Único de Saúde - também irá realizar a troca das próteses de silicone mamário que estejam rompidas. O procedimento será estendido para as mulheres que colocaram as próteses para a realização de reconstrução mamária e também para as que realizaram a cirurgia para fins estéticos.
De acordo com a Agência Brasil, a troca será limitada à marca francesa PIP - Poly Implant Protheses - e à holandesa Rofil.
Embora o Ministério da Saúde tenha informado que o atendimento estaria garantido apenas para as pacientes com problemas nos implantes, desde que a cirurgia não tenha sido feita por estética, a mudança foi realizada após determinação da presidente Dilma Rousseff, como informou o diretor-presidente da Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Dirceu Barbano. “A partir do momento que se identifica a ruptura do implante, é entendida como uma cirurgia reparadora. O SUS ampara e vai amparar as mulheres independentemente da origem da prótese”, explica Barbano.
Procedimentos:
As duas empresas usaram silicone industrial, não indicado para próteses de seio. O produto aumenta o risco de ruptura do implante ou vazamento, o que provoca inflamação da mama ou outros problemas de saúde.
De acordo com o diretor-presidente, a rede pública irá financiar a retirada da prótese e também a colocação de outra. Estima-se que 12,5 mil brasileiras usam implantes da PIP e 7 mil da Rofil.
Segundo Barbano, 39 mulheres enviaram queixas à Agência de ruptura da prótese da PIP desde abril de 2010. Elas relataram dores e deformidade no implante e, após exames, foi constatada a ruptura. Todas elas já fizeram a troca do implante.
A Anvisa e os médicos farão um rastreamento das pacientes para que elas realizem uma avaliação clínica.
É importante acrescentar que a agência reguladora mantém a posição que o implante deve ser removido somente em caso de ruptura ou risco aparente e descarta uma retirada preventiva, como foi recomendada pelo governo francês e a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética.