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Se este ano, o mercado de saúde suplementar já foi palco de uma forte concorrência entre os players que atuam no setor, em 2012 a disputa deve ficar ainda mais acirrada. O crescimento da área está chamando a atenção das seguradoras, dispostas a brigar por uma fatia deste bolo com as operadoras de saúde suplementar. Um exemplo disso é a criação da Portomed, que chega para reforçar a atuação da Porto Seguro neste ramo. A empresa, que ainda está em fase de estruturação, pretende abrir 20 centros médicos na cidade de São Paulo para bater de frente com as operadoras. "O cenário para o seguro saúde em 2012 é muito positivo", avaliou o vice-presidente executivo da Porto Seguro, Fabio Luchetti, em teleconferência com analistas para comentar os resultados trimestrais da seguradora.
A companhia não deu mais detalhes de como se dará seu investimento no mercado de saúde suplementar. Luchetti limitou-se a dizer que o objetivo da Porto Seguro é "reforçar a atuação neste segmento".
A carteira da seguradora ainda é um tanto quanto modesta comparada com a de seus concorrentes. No terceiro trimestre, a Porto Seguro somou R$ 221 milhões em prêmios no seguro saúde, expansão de 19% perante igual intervalo de 2010. São 572 mil vidas seguradas, alta de 26% em 12 meses.
O segmento de saúde é o principal negócio da SulAmérica, respondendo por 66,1% do portfólio da companhia. De julho a setembro deste ano, a carteira obteve expansão de 18,1% nos prêmios perante igual intervalo do ano passado, para R$ 1,6 bilhão. De acordo com Arthur Farme d´Amoed Neto, vice-presidente de Controle e de Relações com Investidores da SulAmérica, a ofensiva da concorrente Porto Seguro não os preocupa. "Temos uma carteira com 2,4 milhões de vidas", justifica ele.
De acordo com d´Amoed Neto, a verticalização (neste caso, quando as empresas investem em uma rede própria) não é o negócio da companhia. "Somos especialistas em precificar e gerir riscos. Não temos apetite por operar de forma verticalizada", justifica.
O foco da SulAmérica agora é melhorar a rentabilidade da carteira. Para isso, a seguradora pretende atuar de forma "intensa" adotando medidas que puxem para baixo o custo deste ramo e a sinistralidade. Está prevista a adoção de pré-autorização para exames médicos mais complexos e ferramentas de controle para reduzir a frequência de utilização, além de um pente fino nas contas médicas. A readequação de preços também deve ocorrer na virada de 2011 para 2012. "Temos pontos importantes para melhorar a sinistralidade. Não só a questão da sazonalidade tende a contribuir com os resultados, como também a efetividade das ações adotadas pela seguradora", admite o presidente da SulAmérica, Thomas Menezes.
A verticalização no setor de saúde é uma realidade de mercado, na opinião de Ariovaldo Bracco, presidente da Acoplan (Associação dos Corretores de Planos de Saúde do Estado de São Paulo). Ele lembra que as seguradoras já fizeram acordos com hospitais no passado. "A especialização agrega valor. As companhias só não podem esquecer do atendimento ao cliente. No passado, as redes próprias deixavam a desejar, hoje já contamos com hospitais de primeiro mundo", observa.
Fonte: Revista Apólice